Usando o Humor

"Um mundo tão complexo precisa de uma boa explicação."

Esse é um tipo de publicidade que a maioria dos criadores cria em um empulso, mas geralmente são covardes demais (ou eles, ou ous chefes, ou os clientes...) pra veicular: O humor de ataque.

Não sei se é assim que se chama, mas é assim que chamo. Estou cada vez mais convencido que uma das coisas que o ser humano mais gosta é falar mal dos outros. E esse é um ótimo recurso para o humor (muito bem usado por aqueles comediantes americanos tipo Seinfield), como o humor é um ótimo recurso para a publicidade, você já sabe onde esse discurso vai parar...

Já vi ao menos uma ótima propaganda que usa esse tipo de humor de uma forma ótima: um comercial de TV da Folha de São Paulo, que foi criada pelo Washington Olivetto. Não lembro o nome, mas ele chamava o Collor de almofadinha (era uma viagem pela história dos presidentes do Brasil).

E agora achei essas. Geralmente esse tipo de publicidade acaba sendo criada por fatos, e se sustenta. Como a do Evo Morales, nesse caso que estou mostrando: fala que o Evo Morales é o Marx de blusão (numa interpretação bem simplista). Tudo bem, pelos atos dele, não fica errado.

Agora o que, por acaso, é o mais engraçado o do Bush, que é a mistura do Homer Simpson com o John Wayne.

Por mais imbecilidades que o Bush tenha feito, é uma comparação relativa demais. O Collor era almofadinha, como disse o Olivetto. Existe um conceito de almofadinha, e o Collor se encaixava nele. Existe, claro, um conceito sobre ser imbecil. Mas esse é relativo demais.

Mas aquele que diz que o Schwarzenneger é o King Kong barbeado? Em que fundamentos racionais se baseia? Claro que tu pode ter uma propaganda emocional (eu adoro essas), mas essa é uma que tenta usar o humor pra mostrar algo racional, baseado na lógica.

Portanto, na minha opinião a campanha é ruim. Ela, realmente, tem o humor que queria, mas não sustenta os seus argumentos. Portanto, mal trabalho.